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(Foto: arquivo escolar) |
Ano passado eu vivi isso com o Enzo. Na hora de ir para a escola dançar quadrilha ele não quis vestir o traje caipira. Chorou e disse que não gostaria que as meninas o visse com aquela roupa. Confesso a vocês que eu fiquei nervosa com ele, disse coisas chatas e mandei ele para a escola de uniforme. Chegando lá ele viu os coleguinhas fantasiados e, depois que eu já tinha ido embora, decidiu se vestir igual.
Essa foto foi tirada em casa,
quando ele nem ia para a escola ainda
Amanhã vai ter Festa Julina na escola novamente e, aparentemente, ele está super empolgado, mas já adiantou que não vai pintar o rosto. O que eu vou fazer? Desta vez eu vou deixá-lo à vontade, não vou brigar e permitir que ele vá como quiser. A festa é para ele e não para mim, portanto, quem deve escolher como quer estar, da forma mais feliz e confortável, é ele.
Compartilhei isso com vocês porque sei o quanto as crianças mudam de ideia de uma hora para outra. Ensaiam a quadrilha o mês todo mas na hora não querem dançar, escolhem o vestido mais lindo mas no momento de vesti-lo não querem mais. Cabe a nós, família, respeitá-los.
Eu conversei sobre isso com a nossa colunista, a psicóloga Suelem Gon. De acordo com ela, a mãe é quem tem que decidir quais roupas os filhos irão usar no dia a dia, mas já em ocasiões como estas (festas juninas) a escolha deve partir da criança.
"A criança pode sentir-se mal ao vestir essas roupas e, dependendo do caso, isso pode até virar um trauma. Uma coisa é você mostrar para elas o lado legal disso na tentativa de convence-las a participar, mas força a barra é complicado", explicou.
Ou seja, gente, vamos permitir que nossos filhos sejam quem eles querem ser, que usem coisas que os façam bem e que não andem por ai conforme os outros desejam. Dar autonomia para as crianças é fundamental para que elas se tornem adultos felizes e seguros.
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