quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Chegou a hora de tirar a chupeta!

Quando descobri que seria mãe decidi que não daria chupeta para o meu bebê. Não queria meu filho apegado a um negócio de borracha, que estragaria os seus dentes e que me daria um trabalhão para tirar dele depois (exatamente como está acontecendo agora).

Mesmo assim, no dia do meu parto, deixei que a minha mãe levasse uma junto às coisinhas dele. “Vai que ele chora muito e a gente precise usar né?” dizia ela. Olha! Não sei se foi um pressentimento, mas aconteceu exatamente assim.

Como o meu leite demorou a descer e o Enzo chorava muito de fome, praticamente implorei para que colocassem a “bendita” na boca dele na tentativa de acalmá-lo. Foi tiro e queda. Dali em diante a “peta” virou nossa companheira inseparável.

                                   Primeira semana de vida

É aquela velha história: “eu era uma ótima mãe, até ter um filho”...rsrs. Normalmente é o que acontece, na teoria é uma coisa, depois que a criança nasce a gente muda de opinião e de atitudes.  Adotamos comportamentos que jurávamos que jamais teríamos e percebemos que na verdade eles não são tão ruins assim.

Sobre estar certa ou não em ter oferecido o bico, procurei ajuda profissional com a fonoaudióloga, Naraiany Oliveira, que me explicou que a maioria dos especialistas é contra e prefere generalizar, colocando a chupeta como vilã na vida das crianças. Porém, ao contrário disso, ela acredita que a chupeta tem uma função específica: acalmar o bebê e, consequentemente, a mãe.  

“A mãe sente que através daquele pequeno objeto o filho se organiza emocionalmente quando ela não estiver por perto, evitando assim que o seio seja feito de chupeta, o que pra mim é muito pior. Cabe aos profissionais orientar que tudo em excesso faz mal e sugerir o bom senso para saber a hora certa de introduzir e retirar a chupeta da criança”. Disse.

Acho que aqui em casa chegamos a esse momento! O Enzo já está com quase quatro anos e a situação só piora a cada dia. Não basta ter apenas uma na boca, ele precisa esfregar outra no nariz e carregar outras nas mãos. E quando ele as perde? O negócio é comprar mais, caso contrário vai ser um chororô daqueles e uma noite mal dormida. Sem falar que os dentinhos estão tortos, a mordida diferente e há alteração na fala.

           Duas chupetas na boca de uma vez só! 

Por todos esses motivos, decide que chegou a hora de desapegar. Mas como fazer o Enzo deixar de lado, com tranquilidade, algo que lhe traz conforto, calma e aconchego? Como não causar traumas diante do que para ele será uma grande perda?

Nunca acreditei muito naqueles textos com segredos milagrosos como “os quatro passos para o seu filho largar a chupeta”. Cada criança é única e o método deve ser aplicado conforme as particularidades de cada uma. Com o meu filho, por exemplo, não funcionou a técnica da troca. Entregar a chupeta em troca de um presente não colou com ele.

Então, estou tentando tirar de forma gradativa. Hoje só é permitido usar o bico na hora de deitar para assistir desenho ou para dormir. Ou seja, apenas em momentos relaxantes. Para brincar e comer, nada de chupeta.

De vez em quando dou bobeira e lá está ele em lugares secretos com todas elas na mão. Por isso passei a escondê-las durante os momentos em que ele não pode usá-las, isso evita que ele sofra e que eu me desgaste..rsrs!

    Escondido dentro do guarda-roupa 

Conversei com o pediatra dele sobre como estou agindo e ele me explicou que estou no caminho certo. Por enquanto está funcionando e assim que ele começar a desapegar durante o dia, tentarei tirar totalmente, inclusive a noite.

Caso em algum momento não der certo, tentarei outros métodos até que ele consiga deixar a chupeta de vez. Acredito que o importante é se colocar no lugar da criança e entender o quão difícil será para ela esse processo de mudança.

Em seguida, a próxima batalha será contra a mamadeira, mas esta já é ouuuutra história.  

Beijos, 
Nathi

Especialista
Fonoaudióloga - Naraiany Oliveira
Contato: (67) 9962-4177

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